quinta-feira, 4 de março de 2010

Se estou zangada? Estou mesmo!

Que tenham direito a fazer greve, tudo bem. Mas podiam pensar minimamente nos outros, sim? Não? Pronto, seus estúpidos.
Não é que me tenha afectado, muito pelo contrário, que não tive uma aula, mas custa-me ver que os putos de 7º ano não puderam lanchar nem almoçar devido a gente que só pensa nela própria.
O café fica do outro lado da rua? Fica, mas isso não significa que eles levem dinheiro para a escola e que não possam ser atropelados a fazer a travessia.
Custa-me ver aquelas pessoas que têm que ir a consultas e, para tal, terem que apanhar um autocarro às 6 da manhã, e que tenham que voltar para trás sem exames e sem nada.
Também me custa pelas pessoas que viram as suas cirurgias serem adiadas por uma cambada de gente estúpida que não pensa que talvez a vida e o bem estar de alguém possa depender delas.

Agora muito honestamente, não venham praí dizer que as listas de espera para cirurgia são enormes. Que a função pública, coitadinha, ganha mal e passa necessidades, se, efectivamente, assim fosse não arriscariam perder um dia de salário pra ficar na cama até às quinhentas.
Sim, que eu não acredito que tenham levantado o cú da cama para ajudar alguém a atravessar a estrada.

4 comentários:

  1. Não ser trabalhador da função pública é fácil. Penso que uma criança como tu, ainda que compreenda um pouco da tua preocupação e que seja legítima, não pode falar dos trabalhadores da função pública não terem razões de queixa porque têm, e têm tantas que até se arriscam a perder um dia de salário para reivindicarem os seus direitos.

    Rita Lopes

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  2. Rita: Pois não sou trabalhadora nem da função pública, nem de coisa nenhuma. Mas pretendo vir a ser e também num cargo público e num sector que também reivindicou nesta greve.
    No entanto, e apesar de concordar com o direito à greve, há sectores que deveriam assegurar o funcionamento dos serviços que são realmente fundamentais, como os hospitais.

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  3. sara quem está por fora não sabe de metade do que se passa...eu não pude fazer greve infelizmente por causa do dinheiro pq tenho horario incompleto e não me posso dar ao luxo de perder 50 euros. mas compreendo mto bem os motivos de quem fez e apoio. a crise bate sempre na função publica, tenho colegas por ex. que estão há dez anos com carreira congelada...quem é que lhes vai pagar o dinheiro q perderam em tanto tempo??
    este tema não é assim tão fácil...por isso não devemos criticar!

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  4. Sou vice-presidente da AE da minha escola e estive numa visita de estudo ante-ontem. Fiquei como tu quando me ligaram a meio da manhã a dizer que o bar não estava aberto e que os alunos se estavam a queixar. Disseram que não havia funcionarios suficientes para pavilhoes, portaria e bar entao deixaram so nos pavilhoes e na portaria. Acho q era muito mais pertinente porem um no bar do que nos pavilhoes... Mas, de qualquer maneira, as pessoas têm direito à greve e se a fizeram, como diz a Rita Lopes acima, sujeitando-se a perder um dia do seu ordenado é pq tem mesmo algo a reivindicar.
    Beijinho

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